quarta-feira, 28 de março de 2007

Uma política de economia solidária - Paul Singer

Gostaria de indicar a leitura do artigo do prof. Paul Singer, (Folha de São Paulo, terça-feira – 27 de março de 2007. Tendência/Debate)

"A maioria dos movimentos sociais que lutam contra a miséria e a exclusão social se vale da economia solidária para alcançar seus fins. A ECONOMIA solidária se destaca por instaurar igualdade e democracia no âmbito da empresa, assim como no relacionamento entre empresas em rede e entre produtores e consumidores.
A igualdade e a democracia também caracterizam as relações políticas entre as entidades representativas da economia solidária. Em suma, em todas as suas modalidades, rejeita o mando, preferindo, em seu lugar, a discussão, o entendimento e o consenso - e, quando este não pode ser alcançado, a decisão pelo voto (grifo meu) .
Nos últimos anos, a economia solidária tem sido objeto de políticas públicas por parte de governos municipais, estaduais e, desde 2003, também do governo federal, que criou então a Senaes (Secretaria Nacional de Economia Solidária) (...)"

Filmes para Educação Ambiental: Grátis na internet

As escolas e instituições que trabalham com Educação Ambiental no Brasil acabam de ganhar uma videoteca virtual, com acesso inteiramente grátis a filmes sobre temas relacionados ao meio ambiente.
Trata-se de um projeto da Diretoria de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, que decidiu digitalizar o acervo de filmes temáticos para Educação Ambiental que até agora estavam disponíveis apenas em meio físico, o que dificultava a sua difusão. Os projetos que resultaram nos filmes foram financiados com recursos públicos administrados pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA).
A primeira parte do acervo que já se encontra digitalizada e pronta para download - é composta por 80 documentários com vídeos e animações sobre temas diversificados. Com os filmes, os educadores poderão desenvolver nos estudantes noções sobre ecologia, meio ambiente, sustentabilidade, degradação e recuperação de recursos naturais - entre outros assuntos.
Os filmes são um estímulo ao debate.
Os filmes variam entre 6 e 90 megabites (MB). A duração vai de dois a 120 minutos.Para ter acesso aos filmes, o público deve acessar o site http://www.mma. gov.br ir ao ícone Educação Ambiental, localizado à esquerda da página inicial. Deve, então, apontar o cursor para o botão CID Ambiental. Em seguida, clicar no ícone da videoteca, localizado no alto e à esquerda da página. Aí é só começar a baixar os filmes.
Os conteúdos têm o uso restrito para fins educativos.

Fonte: Rede 3Setor

terça-feira, 27 de março de 2007

À propósito...

Caros e caras...

Mais de uma semana de lançado, minha avaliação é bem positiva a respeito deste blog!
Em que pesem as poucas postagens (Andei verificando, em geral as postagens são poucas em quase todos os blogs!), muita gente me enviou e-mail, parabenizando-me e dizendo que gostou muito disso, disso e daquilo.
Tenho lido bastante sobre autogestão, conhecido temas e autores bem interessantes a seu respeito e espero, de verdade, estar contribuindo com aqueles que gostam da discussão.

Bom... Pra tornar mais claro sobre o funcionamento deste brinquedo, imaginei o seguinte...
Nas segundas-feiras pretendo postar dicas culturais (aqui entram filmes, poesias, fotos, imagens, cantos e similares!)
Nas terças-feiras, posto autores (pensadores e pensadoras que, de uma forma ou de outra, contribuem com a compreensão, contextualização e avanço da autogestão);
Nas quartas-feiras, posto experiências e iniciativas centradas na autogestão;
Nas quintas-feiras, pretendo dicas e informes da economia solidária no Brasil e no mundo;
Nas sextas-feiras, vai meio que, um mix de idéias, onde iremos falar de meio ambiente, cidades, grupos urbanos, sociabilidades, o novo rural brasileiro, autonomia e temas afins. A idéia é trocar impressões, experiências e construir relacionamentos.

Mas, de verdade, preciso de sugestões, dicas, comentários, críticas sobre como tornar este espaço, melhor, mais ativo, comunicativo e interativo!

Conto com vocês!
Abraço do Ângelo Cavalcante

Cornelius Castoriadis

Amigos e amigas...

Importante autor para uma compreensão mais apurada do que vem a ser autogestão é o grego (Constantinopla) e que radicou-se na França (Paris), Cornelius Castoriadis (1922-1997).

Filósofo da imaginação social e considerado, o principal filósofo da autonomia, co-fundador do grupo e jornal Socialisme ou Barbarie, crítico profundo e cientista político, inspirou os eventos de Maio de 1968 na França. Foi economista da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), psicanalista, distinguido sovietologista (estudioso da URSS) e crítico consciente da Esquerda internacional.
Castoriadis morreu no dia 26 de dezembro de 1997, em Paris, aos 75 anos.
Castoriaidis mudou para a França em 1945 (recebeu uma bolsa de estudos). Vivendo sob pseudônimos para fugir da deportação, conseguiu a sua cidadania francesa nos anos 1970. O seu contato com o marxismo ocorreu a partir desde a infância. Aos 15 anos aderiu à Juventude Comunista, uma organização ilegal na Grécia. Entretanto, descobriu que o "comunismo não era tão comunista assim".

Na França, entra em contato com trotskistas franceses. Logo depois ocorreu o rompimento com o movimento trotskista. Castoriadis juntamente com Claude Lefort criaram a já citada revista Socialisme ou Barbarie em 1949.
Com críticas fundamentadas ao marxismo real, ao totalitarismo soviético e as instituições imaginárias da sociedade, Castoriadis tornou-se uma figura intelectual de força no cenário ocidental. Sem cair na superficialidade, Castoriadis "navegou" contra tranqüilidades e por todos os "mares": da crítica do marxismo à psicanálise, sua contribuição é insuperável.

Fonte: Prof. Charles Pennaforte

Sugiro o texto: http://www.geocities.com/autonomiabvr/fenomeno.html

Boa Leitura!
Ângelo Cavalcante

segunda-feira, 26 de março de 2007

Dica de Filme: O porteiro da Noite

Treze anos após o término da 2ª Grande Guerra, acontece uma história cheia de suspense e muito erotismo quando Lucia (Charlotte Rampling), uma sobrevivente de um campo de concentração encontra Maximilian (Dirk Bogarde), um ex-oficial torturador e amante, que agora é porteiro em um hotel em Viena. Após esse encontro acidental eles passam a reviver aquela estranha relação entre torturador e sua vítima que se transforma em uma ardente paixão.
Gênero: Cinema Europeu
Atores: Dirk Bogarde, Charlotte Rampling, Philippe Leroy, Gabriele Ferzetti, Isa Miranda,
Direção: Liliana Cavani,
Idioma: Inglês
Legendas: Português,
Ano de produção: 1974
País de produção: Estados Unidos, Itália,
Duração: 118 min.
Distribuição: New Line Home Vídeo
Cor: Colorido

Tenho medo de crianças! - Alberto Gomes de Oliveira (Bacura!)/RJ


"Os fantasmas rondam a madrugada
Quando levanto para ir buscar o pão
Nunca sei se chegarei ao trabalho
Ou se voltarei a ver meus filhos

Tenho medo das crianças de cor negra
Tenho medo das crianças de cor branca

São tantas crianças pobres
São tantas crianças perigosas
Elas ontem foram ao shopping
E o shopping agrediu o sonho das crianças pobres
Por isto elas querem minha carteira
Por isto elas querem meu carro
Tenho medo das crianças famintas
Elas querem comer, elas querem o novo celular
Elas querem fotografar a vida
Elas querem a TV de plasma
Elas querem sorrir igual a todos

Tenho medo da sombra destas crianças
Porque elas também sonham
No caminho do trabalho o trânsito para
No caminho a blitz usa rifles
No caminho a blitz usa metralhadoras
Mas eu não sei se são polícias
Mas eu não sei se são quadrilhas

Porque teatro é teatro
Porque real é teatro
Porque teatro é real
E entre o mocinho e o bandido
A linha é tão tênue e eu tenho medo
Porque polícia é bandido
Porque bandido é polícia
Porque se matam num banho de sangue
Porque tem balas perdidas

Mas eu tenho medo mesmo é de crianças
(...)"

Adoração Universal - Alberto Gomes de Oliveira (O mesmo...Bacura!)/RJ

Aqui embaixo os automóveis são deuses
Em um milagre de mãos humanas, brilham
Criam asas sem sair do chão, voam
No asfalto, no barro, nas montanhas
Numa repetição do velho testamento
Pedem sacrifícios, crentes fieis
Todos os dias todas as horas e minutos

Nos quatro cantos da terra exigem sangue
Que os humanos doam cegamente
Quanto brilho nos automóveis
Quanta alegria para minha alma
Quantos orgasmos para meu deleite
O meu é Honda, o meu é Ford
O meu é Renault, O meu è Fiat
Diz o professor na corda bamba
E o novo rico de sua nova Igreja
Diz, o meu é uma BMW, e o velho rico
De seu alicerce em ruínas, declama poeta
Minha Ferrari tem o poder de deusas
Acima do Tibete e do Olimpo.

Que máquina fantástica!
Me descansa as pernas
Me leva ao infinito, de estradas e de sonhos
Excitam os amantes, qual cio de gatos
Unifica sensações na Europa, nos Andes
No Alaska, em Joanesburgo, em Luanda
Em Pequim, no Recreio e na Rocinha

Entre os seguidores de Maomé, de Cristo
Do Candomblé e dos Budistas. Deus Supremo.
Deuses, em seus presépios protegidos
Nos palácios sauditas, ingleses, quartéis
Ranchos, casebres até palafitas,
Enquanto humanos aos milhares
Resistem no tempo aberto, no sol
No frio, na enxurrada, e tempestades.

Mas humanos não são deuses.
São apenas humanos.

sexta-feira, 23 de março de 2007

Colônia Cecília: Sem duci, nem patroni!

Compas... Gostaria de partilhar com vocês o ótimo vídeo que me foi enviado pela amiga Mirian Maretti (Londrina/PR) sobre a experiência anarquista da Colônia Cecília.

A experiência da Colônia Cecília começa com as idéias do anarquista italiano Giovanni Rossi. O imperador Pedro II, em viagem à Europa para tratamento de saúde, teve, em Milão, conhecimento com as idéias de Rossi. O imperador escreve para o jovem idealista oferecendo-lhe a oportunidade de efetivar na prática as suas idéias.
Eram 300 alqueires de terra, que seriam ocupados por 250 italianos, situados na região sul do país, na província do Paraná.

Vejam o documentário: http://tvparanaense.ondarpc.com.br/index.phtml?fe=&pid=&dt=&pc=Col%F4nia+Cec%EDlia

Abraço do Ângelo

Um partido!


quarta-feira, 21 de março de 2007

Solidariedade a Cuba!

Amigos...
Gostaria de convidar todos e todas para participarem da 1a. Convenção Paulista de Solidariedade a Cuba, a ser realizado no dia 24 de março, sábado, na PUC (Rua Monte Alegre, 984, Perdizes, São Paulo/SP), no Auditório 333, às 9h.

Aos interessados, as inscrições são feitas por: inscriçãosp@solidariedadeacuba.org.br

Maiores informações em: www.solidariedadeacuba.org.br

Centro de Estudos da Autogestão - ANTEAG/SP



"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."

Clarice Lispector

Por que?

Perguntou-me um amigo bastante afeito ao debate da autogestão sobre os "porquês" de um "blog de autogestão". Me inquiria sobre as razões e sentidos de "mais um" espaço para o debate da autogestão.
Reconheço... Provocadora questão!

Pois bem... Está certo o meu interlocutor! Afinal são dezenas de listas, comunidades e sites voltados para este tema e mais um sem-número de outros direta ou indiretamente aí relacionados.
E qual a nossa diferença?

Bom... Em que pesem estes muitos espaços, percebi que faltam aberturas conceituais, dialogos e mesmo o reforço e a potencialização com importantes interfaces com temas que diretamente se relacionam com a autogestão. Onde está a cultura? E a arte? E a comunicação? E a educação? E os movimentos sociais? E onde estão as experiências não-autogestionárias? Prevalece uma certa, digamos, "ortodoxia da autogestão", onde as discussões a esse respeito assentam-se, exacerbadamente, em narrativas históricas de pouca ou nenhuma contextualização, com pouca relação com o momento presente e com os seus muitos e diversos desafios.
Desta forma e assumindo a autogestão como processo social e relacionado não só com atividades econômicas, propriamente ditas, mas com todas as outras dimensões da vida humana é que proponho este dialogo.
Proponho aquilo que ainda não foi dito, que ainda não foi expressado. Proponho o que esteve silenciado, que não foi escrito e que permanece vivo, candente e absolutamente presente no cotidiano de milhões de trabalhadores espalhados e espraiados por este país. Proponho neste blog, o novo da autogestão... A sua contextualização e presença cultural e comunicacional no dia-a-dia da gente brasileira.
É exatamente por não crer em determinismos econômicos ou em quaisquer outros determinismos, é que este blog existe.
Contudo, reconheço... O debate está sempre em aberto!

Forte abraço!

Ângelo Cavalcante

IV Encontro Internacional de Economia Solidária

A PARTICIPAÇÃO NO EVENTO É ABERTA!!!!

É com satisfação que convidamos a todos para participar do IV Encontro Internacional de Economia Solidária do NESOL-USP. O evento ocorrerá nos dias 21, 22 e 23 de julho de 2006 e contará com o já tradicional espaço vespertino para a exposição e debate de trabalhos em Economia Solidária, nos dias 22 e 23.
A organização do IV Encontro já está recebendo artigos para serem submetidos à avaliação de nosso Comitê Científico. Para submissão, o interessado deverá enviar o artigo (veja formatação em regras de submissão) para o endereço eletrônico: nesolusp@yahoo.com.br impreterivelmente até o dia 08/06/2006.

O NESOL divulgará, no endereço eletrônico indicado no trabalho, o resultado dos trabalhos pré selecionados até o dia 22/06/2006. Após a pré aprovação do trabalho, o interessado deverá realizar depósito bancário no valor de R$ 75,00¹ na conta indicada pela organização até o dia 28/06/2006. A inscrição definitiva do trabalho somente será efetivada com o recebimento do comprovante do depósito efetuado no prazo indicado.

Regras de Submissão:
Somente serão avaliados artigos (com no máximo três autores), apresentados dentro do prazo estabelecido, no formato determinado pelo NESOL (veja orientações a seguir), que tenham relevância para a Economia Solidária apresentado em uma das áreas temáticas listadas abaixo.
Cada autor poderá enviar no máximo até três artigos. A taxa de inscrição é referente a cada artigo aceito e dará direito a apenas um kit NESOL (CD-ROM com todos os trabalhos apresentados, resumo dos trabalhos, pasta, bloco de anotações, caneta). Trabalhos que não cumprirem as orientações estabelecidas (prazo ou formato) serão automaticamente desclassificados.

Áreas temáticas:
1) Educação, Política e Economia Solidária
2) Princípios da Economia Solidária
3) Organização do Trabalho
4) Capitalismo Contemporâneo, Socialismo e Economia Solidária
5) Integração da América Latina

Os trabalhos devem ser submetidos no seguinte formato:
Editor de texto: Word for Windows versão 6.0 ou superior, ou em formato RTF;
Formato do papel: A4;
Fonte: Arial;
Espaçamento entre linhas: 1,5;
Alinhamento dos parágrafos: justificado;
Margens: Superior: 3 cm; inferior: 2 cm; esquerda: 3 cm; direita: 2 cm;
O artigo deverá ter entre 10 a 20 páginas (incluindo o texto propriamente dito, ilustrações e referências bibliográficas) e 500 Kb de tamanho de arquivo (após compressão).
Na primeira página do trabalho deverá constar:
1ª linha:Título do trabalho (em negrito, tamanho 14, letras maiúsculas, posição centralizada);
2ª linha: Área temática (em negrito, tamanho 12, posição centralizada);
3ª a 5ª linha: nome(s) do(s) autor(es), instituição, email; (tamanho 10, máximo três autores, posição centralizada);
7ª linha: Resumo (até 100 palavras, tamanho 12, posição justificada);
Duas linhas abaixo do resumo: Palavras-chave (de 3 até 5 palavras, tamanho 12, posição justificada);
Informações complementares:
Títulos das sessões: posicionados à esquerda, em negrito, tamanho 12, numerados com algarismos arábicos;
Corpo do texto: tamanho 12;
Todas as notas deverão ser exibidas no final do texto.
As referências bibliográficas deverão ser citadas ao longo do texto de acordo com o sistema (autor-data), e apresentadas em ordem alfabética no final do trabalho, de acordo com a norma ABNT/NBR-6023.
Sugestão para estrutura do artigo: Introdução, Problema de Pesquisa e Objetivo, Revisão Bibliográfica, Metodologia, Análise dos Resultados, Conclusão, Bibliografia.
Os artigos aceitos para o evento terão seus resumos publicados nos anais de resumos e seu texto completo em CD ROM.

Certificado
Será conferido certificado de participação a todos os inscritos. Autores de trabalhos aceitos receberão certificados de autoria, desde que formalizarem suas inscrições no evento e apresentem o trabalho.
Para o esclarecimento de dúvidas ou informação adicional, enviar mensagem para nesolusp@yahoo.com.br
Atenciosamente,
Equipe Nesol-USP
¹ Valor sujeito à alteração mediante a concessão de bolsa, para maiores informações entrar em contato pelo e-mail acima.

Maiores informações: www.poli.usp.br/p/augusto.neiva/nesol/

terça-feira, 20 de março de 2007


Gostaria de sugerir o excelente trabalho do documentarista bahiano, Antonio Olavo, que, com inteligência e originalidade mergulha fundo no, ainda pouco conhecido, mundo dos quilombos da Bahia.

Os quilombos que, desde sempre, representaram símbolos de resistência e esperança para escravos fugitivos, são aqui retratados com bastante rigorosidade e acuidade histórica.

Eram os quilombos iguais em suas formas de organização social? Como se dava a reprodução nos quilombos? Como se organizavam politicamente? Antonio Olavo aborda estas e outras questões. Vale a pena!


Ele cita: "Centenas de comunidades negras, muitas delas seculares, vivem espalhadas por todo o estado da Bahia. No início de 2004, durante 90 dias, a equipe deste filme percorreu 12.000 km e visitou 69 destas localidades, registrando um pouco das suas histórias, buscando assim, contribuir para a visibilidade e valorização da memória negra na Bahia."

Pierre-Joseph Proudhon




Considerado por Bakunine como “o mestre de todos os anarquistas”, nasceu na França em 1809, no seio de uma família modesta.
Trabalhou como operário e tipógrafo. Como autodidata, desenvolveu suas próprias teorias sobre organização social, baseada na cooperação e no mutualismo. Em 1840 publicou o livro O Que é a Propriedade?, sob os auspícios da Academia de Besançon, onde se declara pela primeira vez anarquista. O livro foi elogiado por Marx, que o tentaria atrair mais tarde (1846) para um grupo de pensadores socialistas. No entanto, Proudhon na resposta a Marx questiona a criação de novos dogmas, o que levaria à ruptura com o socialista alemão.
Entre os anos 1844 e 1845, participou de vários encontros em Paris com Mikhail Bakunin e Karl Marx. Mas logo em 1846 Proudhon e Marx romperam por discordâncias fundamentais, publicou sua obra Sistema das Contradições Econômicas ou Filosofia da Miséria que recebeu de uma crítica violentíssima de Marx em sua obra, também clássica, Miséria da Filosofia.


Em 1847 Pierre-Joseph Proudhon foi iniciado em Besançon, na ARLS “Sincérité, Parfaite Union et Constance Réunies” do Grande Oriente da França. É retratado até hoje pelo GOF como “um maçom assíduo e cumpridor de seus deveres, além de haver influenciado fortemente no desenvolvimento da maçonaria na França”.
Em 1848 Proudhon foi eleito deputado à Assembléia Nacional por Paris. Em julho desse ano, em discurso violento na Assembléia expôs a oposição entre proletários e burgueses, sendo objeto de advertência pelo Presidente do parlamento.
No ano seguinte Proudhon tentou organizar o Banco do Povo, que não conseguiu prosperar. Seus artigos no jornal Representant du Peuple e Le Peuple valeram-lhe vários processos judiciais que o obrigaram a se exilar na Bélgica.
De volta a França foi preso em 1849 tendo ficado na prisão até 1852, onde continuou escrevendo.
A edição do livro De la Justice dans la Révolution et dans L’Eglise, esgotado em poucos dias, provocou novo escândalo e um novo processo judicial, que o obrigou a exilar-se, novamente, em Bruxelas.
Regressou a França onde publicou novos livros entre os quais O Princípio Federativo e Da Capacidade Política das Classes Trabalhadoras que forneceu a base teórica do anarco-sindicalismo, defendendo que o “proletariado deve emancipar-se sozinho”.

Morreu em 1865, pouco depois da fundação da Primeira Internacional, criada em grande parte por iniciativa de operários mutualistas franceses.

Onde foi parar nossa tribo?

Compas... Esse artigo é bem clarividente sobre o que somos, sobre nossa constituição humana! Vale a pena ler!

Abraço do Ângelo Cavalcante

Fonte: Duplipensar

Onde foi parar nossa tribo?
Janos Biro
em 09.03.2007

Os seres humanos passaram muito mais tempo vivendo em tribos que em cidades.
O modo de vida tribal é inseparável da espécie humana.
Não é de estranhar que se adaptar à vida urbana é tão difícil e exija tanta dedicação e sacrifício. Não chegamos a esse modo de vida da mesma forma com que chegamos ao modo de vida tribal ou da mesma forma com que as aranhas chegaram a criar suas teias. Não foi um trabalho da criatividade improvisada e adaptação. Fizemos tudo com planejamento racional baseado em supostas leis imutáveis, lutando contra nossa herança "animalesca". E nesse caso todos os problemas ambientais resultantes são meras reações colaterais necessárias. São resultados de nossa evidente superioridade, não de um desequilíbrio crescente. Um preço que o planeta deve pagar pelo nosso exclusivo bem estar.
Talvez seja isso que faça nossos pensadores imaginarem que a evolução siga algum tipo de plano, ou então que o ser humano de alguma forma superou a evolução, se tornou "livre" da natureza. Como se tivéssemos atingido um novo estágio, um estágio superior a todas as formas de vida até agora. Para que uma mudança tão drástica como a mudança da tribo para a cidade como forma de organização tipicamente humana tenha sido resultado da evolução, teríamos que estar diante de um fato realmente extraordinário.
Acreditar que a civilização é o destino inevitável da humanidade é acreditar numa exceção inexplicável como se fosse um fato banal. Nós insistimos nessa idéia apesar de todos os sinais negativos, pois temos um monte de desculpas convincentes e convenientes. Preferimos uma existência desesperada e destrutiva que uma vida "primitiva". Mas como vivemos a maior parte do tempo em tribos, ainda estamos mais bem adaptados para a vida tribal que para a civilização. Por isso investimos tanto em doutrinação: para que nossa natureza permaneça sobre controle. Aqueles que não se entregam facilmente à doutrinação se sentem deslocados. E realmente estão, pois o lugar do homem em sua forma selvagem não é a cidade. Aqui é o lugar do homem domesticado. No fundo ainda somos tribais tentando nos adaptar, com variados graus de sucesso. Ainda temos as mesmas necessidades instintivas que foram importantes na vida tribal. Essas necessidades são preenchidas com substitutos insatisfatórios ou inadequados para a relação original entre homem e meio, criando todo tipo de vícios. Ainda temos a necessidade, por exemplo, de pertencer a um grupo e obter reconhecimento. Ainda temos a necessidade de compartilhar experiências e recursos, nos envolver emocionalmente ou fisicamente com a comunidade, testar nossas habilidades, imaginar, criar, cuidar. Temos necessidade de apoio mútuo, de amizade, de afeto, e de muitas outras coisas que são decisivas na organização social de qualquer primata, especialmentede humanos. Essas qualidades não necessitam de recompensas ou reforços morais, foram selecionados pela evolução. Estes "valores" não fazem parte de um direcionamentomoral coercitivo. Uma vez que o modo de vida tribal não dá vantagem alguma para atitudes negativas ou prejudiciais, não há motivos para coagir alguém a não agir de tal forma. Só a sobrevivência pode julgar o que é benéfico e o que maléfico. Conviver bem é recompensa por si só.
Mas nosso modo de vida civilizado foi construído sem a menor consideração por essas relações. É realmente vantajoso para um membro de nossa sociedade que ele seja mesquinho, por mais que isso traga desvantagens para outros, é preferível a sofrer as desvantagens que ele sozinho terá se insistir em ser desapegado. Somos fortemente influenciados a ser ambiciosos e individualistas, para nosso próprio bem. A maioria da população nem sequer participa dos "benefícios" que esse modode vida traz. Digo "benefícios" porque não são realmente ganhos que preenchem necessidades, mas sim contingências criadas pelo próprio modo de vida. Nem os mais ricos podem ficar plenamente satisfeitos. Estamos diminuindo nossas chances de sobrevivência em longo prazo e insistindo com todas as força sem algo que não será completamente aproveitado. Não precisamos ser introduzidos novamente à vida em tribo, não há regras a seguir e passos necessários para se voltar à tribo. Tribo é simplesmente o único nome que temos para se referir a uma organização social não civilizada. Uma vez que superemos este "desvio de comportamento" e voltemos ao nosso modo de vida natural, ele provavelmente se parecerá estruturalmente com uma tribo, porque é isso que nossos genes estão preparados. Não significa que vamos morar em ocas ou vestir tangas. Significa sim que nossa construção civil e nosso vestuário, por exemplo, precisam ser simples, baratos e fruto de trabalho local. Não é possível ser sustentável se ainda existirem corporações produzindo tudo em larga escala, visando lucro. O futuro sustentável é feito à mão, não por empresas "ecologicamente corretas". Atualmente temos o acúmulo e a expansão como fundamentos econômicos.
Criar tal ciclo vicioso não foi difícil, só é incrivelmente difícil sobreviver por muito tempo com ele. Os fundamentos da vida tribal ainda estão em nós, e não são mantidos por coerção. Eles permeiam nosso inconsciente. Não é preciso sair das cidades fisicamente, mas é preciso "desarmá-las".
Esse processo não é linear. Inclui como atividades importantes: sonhar, brincar, dançar, amar, transar, conversar, rir, subverter e eventualmente transgredir. Podemos começar rejeitando todo tipo de doutrinação, questionando a civilização e instigando o questionamento. Todos nós queremos muito mais do o máximo que ela tem a nos oferecer. Podemos nos recusar a pôr mais lenha na fogueira da civilização e ao mesmo tempo nos dedicar mais a nós mesmos. Isso me parece sensato por enquanto, mas não podemos arriscar colocar todos os ovos na mesma cesta. Devemos diversificar as soluções possíveis,mantendo ao mesmo tempo a mente aberta e a autocrítica.Finalmente, não precisamos converter as pessoas. É bom falar sobre o que aprendemos porque isso ajuda a entender melhor nossas próprias idéias, desenvolvê-las e descobrir novas.
Eu leio e escrevo sobre crítica cultural faz mais ou menos oito anos, a aprendo coisas novas o tempo todo. É aprender novas coisas que me impulsiona a continuar. Nossa tribo não saiu do lugar. Temos agora que enfrentar o desafio de voltar a viver naturalmente, não como invasores ou dominadores, mas como seres humanos.

Novos dados sobre o mapeamento da Economia Solidária no Brasil

Compas... Esta informação saiu na lista e-solidaria e foi enviada pelo colega Lenivaldo, de Catende, Pernambuco...
Trata-se de uma informação bem importante para os que acompanham as muitas dinâmicas da economia solidária.


Economia Solidária: Novo mapeamento aponta para 20 mil empreendimentos
Senaes deverá terminar o levantamento no meio do ano. Segunda edição do Atlas estará disponível até o fim deste ano, com informações atualizadas no sistema

Brasília, 19/03/2007 – Um novo levantamento da economia solidária, realizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), aponta para a existência de 20 mil empreendimentos solidários, entre cooperativas, associações, empresas autogestionárias, grupos de produção ou clubes de trocas, em que os participantes são trabalhadores que exercem coletivamente a gestão das atividades.

O levantamento - em que a primeira etapa, iniciada em 2004, registrou 15 mil empreendimentos - está sendo realizado por 600 entrevistadores em todo o país e coordenado por 27 comitês regionais. O mapeamento deverá estar concluído no meio do ano, possibilitando o lançamento da atualização do Atlas da Economia Solidária até o fim do ano.

“As organizações solidárias podem estar em funcionamento ou em fase de implantação, mas devem estar com grupos de participantes constituídos e as atividades econômicas definidas”, explica o coordenador de Estudos da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), Roberto Marinho.

Os dados coletados alimentam o Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária (Sies), que registra e identifica todas as informações sobre os empreendimentos econômicos solidários e entidades de apoio, assessoria e fomento à economia solidária no país. As atividades são de produção de bens, prestação de serviço, fundos de crédito, comercializaçã o ou de consumo solidário.

“A criação do Sies, em março do ano passado, teve como base o mapeamento onde identificamos cerca de 15 mil empreendimentos econômicos nesse segmento. O Sies é uma ferramenta fundamental para dar visibilidade à Economia Solidária e facilitar a formulação de políticas públicas de fomento adequadas à realidade desses empreendimentos” , esclarece Roberto Marinho.

Atlas – Os resultados do mapeamento estão no Atlas da Economia Solidária, lançado o ano passado pela Senaes nas versões impressa e digital.

Esse mapeamento detectou um crescimento significativo (85%) da Economia Solidária no Brasil, entre os anos de 1990 e 2005, e a participação de cerca de de 1,25 milhão de trabalhadores, dos quais 35% são mulheres.

Demonstrou também que nas atividades de produção de bens e prestação de serviços, consumo e crédito, tanto no meio urbano quanto rural, predominam as associações, com 54% do total, seguida dos grupos ainda sem formalização, com 32%; e das cooperativas, com 10% do total.

Entre as atividades econômicas, estão a agricultura e a pecuária, realizadas por 64% dos empreendimentos. As têxteis, de confecções, calçados e produção artesanal em geral correspondem, juntas, a cerca de 21% dos empreendimentos; e a prestação de serviços diversos e alimentação respondem por 14% e 13%, respectivamente.

Desses empreendimentos, 44% encontram-se na Região Nordeste, seguida da Região Sul, com 17%%; Região Sudeste, com 14%; Norte, com 13%; e Centro-Oeste, com 12%.

No endereço www.sies.mte. gov.br estão disponíveis as informações coletadas, e as entidades com características solidárias ainda podem participar informando seus dados no sistema.
Assessoria de Imprensa do MTE(61) 3317-6394/3317- 6540 - acs@mte.gov. br

segunda-feira, 19 de março de 2007

Dica de Filme: Eles não usam Black Tie


Na cidade de São Paulo, em 1980, o jovem operário Tião e sua namorada Maria decidem casar-se ao saber que a moça está grávida. Ao mesmo tempo, eclode um movimento grevista que divide a categoria metalúrgica. Preocupado com o casamento e temendo perder o emprego, Tião fura a greve, entrando em conflito com o pai, Otávio, um velho militante sindical que passou três anos na cadeia durante o regime militar.
Título Original: Eles não Usam Black-Tie
Gênero: DramaTempo de Duração: 134 min.Ano de Lançamento (Brasil): 1981 Distribuição: Embrafilme Direção: Leon HirszmanRoteiro: Gianfrancesco Guarnieri e Leon HirszmanProdução: Leon Hirszman Produções e EmbrafilmeMúsica: Adoniran Barbosa, Chico Buarque de Hollanda e Gianfrancesco Guarnieri

Autogestão - III Conceito

"Os libertários foram os primeiros, e durante muito tempo os únicos, a desenvolver a teoria da autogestão e dela fazer um princípio de ação. Hoje, essa palavra, muito degradada, empregada por quase todo o mundo, perdeu muito de sua significação, na medida em que a realidade que ela implica pode ser extremamente variável segundo aquele que a reivindique.
"Autogestão" é, antes de tudo o meio de pôr em aplicação o princípio: a emancipação dos trabalhadores será a obra dos próprios trabalhadores. Isso implica estruturas organizacionais que permitem a aplicação desse princípio. Essas estruturas são, de saída, essencialmente organismos de base que permitem a expressão de todos os trabalhadores, simultaneamente no plano da empresa e no local de moradia. Vemos, então, já uma primeira característica da autogestão segundo os anarco-sindicalistas; ela é, desde as estruturas elementares da sociedade (empresa, localidade), simultaneamente econômica e política.
O organismo de base, o fundamento do âmbito institucional no qual se prática a autogestão, situa-se no plano profissional, econômico, e no plano local, interprofissional, segundo que o trabalhador é concernido por problemas específicos à sua empresa, sua indústria, ou à sua localidade.
Autogestão significa antes de tudo: "gestão direta dos trabalhadores no organismo de base". As diferentes modalidades pelas quais os trabalhadores decidem a organização, a gestão etc., desse organismo de base, por mais importantes que elas sejam, não são essenciais. As diferenças específicas de cada empresa, localidade etc., tornarão necessárias modalidades diferentes de organização. Uma empresa como a Renault não será organizada do mesmo modo que um banco, pela simples razão que as condições objetivas de trabalho são diferentes. Nosso objetivo não é, portanto, antecipar um "estatudo modelo" de autogestão."

(Leval, Gaston; Bertier, René; Mintz, Frank: Autogestão e Anarquismo; São Paulo: Editora Imaginário, 2002)

Autogestão - II Conceito

Por autogestão, em sentido lato, entende-se o conjunto de prátcas sociais que se caracteriza pela natureza democrática das tomadas de decisão, que propicia a autonomia de um "coletivo".
É um exercício de poder compartilhado, que qualifica as relações sociais de coperação entre pessoas e/ou grupos, independente do tipo das estruturas organizativas ou das atividades, por expressarem intencionalmente relações sociais mais horizontais. O caráter multidimensional do conceito de autogestão (social, econômico, político e técnico) nos remete a pensá-lo muito mais que uma simples modalidade de gestão.
A referência a uma forma de organização da ação coletiva nesta perspectiva, no entanto, não se dá de forma linear, pois a apropriação de espaços coletivos se dá de múltiplas formas e a referência à organização da ação coletiva precisa ser qualificada. A primeira dimensão diz respeito ao caráter social, pois enquanto construção social a autogestão deve ser percebida como resultadoo de um processo capaz de engendrar ações e resultados aceitáveis para todos os indivíduos e grupos que dela dependem; a segunda remete ao econômico, são processos de relações sociais de produção, que se definem sobre práticas que privilegiam o fator trabalho em detrimento do capital; a terceira é política, se fundamenta a partir de sistemas de representação cujos valores, princípios e práticas favorecem e criam condições para que a tomada de decisões seja o resultado de uma construção coletiva que passe pelo poder compartilhado (de opinar e decidir), de forma a garantir o equilíbrio de forças e o respeito aos diferentes atores e papéis sociais de cada um dentro da organização; a quarta dimensão é técnica, insinua a possibilidade de uma outra forma de organização e de divisão do trabalho.

(A Outra Economia - Antonio David Cattani (org.) - pág. 20; Porto Alegre: Veraz Editores, 2003)

Autogestão - Um Conceito

1. Definição Essencial:
Por Autogestão, em sentido lato, se deve entender um sistema de organização das atividades sociais, desenvolvidas mediante a cooperação de várias pessoas (atividades produtivas, serviços, atividade administrativas), onde as decisões relativas à gerência são diretamente tomadas por quantos aí participam, com base na atribuição do poder decisório às coletividades definidas por cada uma das estruturas específicas de atividades (empresa, escola, bairro, etc.). São, portanto, identificáveis duas determinações essenciais do conceito de AUTOGESTÃO. A primeira é a superação da distinção entre quem toma as decisões e quem as executa, no que respeita ao destino dos papéis em cada atividade coletiva de trabalho. A segunda é a autonomia decisória de cada unidade de atividade, ou seja, a superação da interferência de vontades alheias às coletividades concretas na definição do processo decisório.

(Bobbio, Norberto. Dicionário de Política/Norberto Bobbio, Nicola Matteuci e Gianfranco Pasquino; 5a. edição, 2004 - Brasília: Ed. Universidade de Brasília; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2000)

domingo, 18 de março de 2007

Uma foto!


O que diz a foto?
O que dizem seus planos, suas cores e seus contrastes?
Quais são os seus sons?
Por que a foto grita?
Por que silencia?
O que diz a foto?
O que são os detalhes?
O que são os detalhes da paisagem?
O que diz a foto?
O que dizem os invísiveis da foto?
O que diz a foto?
Uma foto...Só uma foto!

Pensar e... Pensar!

Pensar AUTOGESTÃO para os dias atuais pressupõe, antes... Pensar, também e principalmente, aquilo que não é AUTOGESTÃO.
Pressupõe pensar sobre os aspectos, condições e ambientações que negam esta situação ideal que buscamos, que impedem a sua plenitude, primeiro em nós, na nossa prática vivencial e cotidiana, em torno, principalmente, do amplo e central universo do TRABALHO e depois na forma de sermos e existirmos como parte integrante, viva e única de sermos humano.
A AUTOGESTÃO é AUTOGESTÃO sempre em relação a algo ou alguém. É opção política, social e econômica e não pode, simplesmente, acontecer por decreto ou determinação de caciques, reizinhos ou determinados tipos de lideranças... É construção política e pedagógica e que se dá no próprio exercício cotidiano da vida humana.

sábado, 17 de março de 2007

Autogestionando o Pensamento!

O que é AUTOGESTÃO?
Alguns dirão que é coisa de anarco, outros dirão que é coisa de arruaceiro, outros dirão que é, tão somente, um "pensamento exôtico", como tantos outros, surge com força no confuso tempo atual... Mas...
...o que é, definitivamente, AUTOGESTÃO?
Bom... Fugindo pra valer de conceitos engessados e automáticos, ouso, como se diz lá no nordeste, seguir pelas beiradas... Digo que AUTOGESTÃO tem que ver com AUTONOMIA, com LIBERAÇÃO HUMANA, com AUTO-AFIRMAÇÃO, com TRABALHO LIVRE e LIBERTADOR, com UNIDADE DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS, com TRABALHO CONSCIENTE, NÃO-ALIENADO, que tem que ver, por fim... COM O NOVO HOMEM E A NOVA MULHER que sonhamos para um mundo de justiça, igualdade e beleza!

Mas, será que é por aí?
O que você diz que é AUTOGESTÃO?
Esse blog existe para discutirmos sobre AUTOGESTÃO. Utilizem exemplos concretos, coisas, ações e iniciativas que expressem, de uma forma ou de outra, o que vem a ser AUTOGESTÃO!

Este espçao é de vocês!
Abraço do Ângelo Cavalcante