sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Arthur Bispo do Rosário


Que a minha loucura seja perdoada...Porque metade de mim é AMOR e a outra metade... Também!

Existe?


sábado, 25 de agosto de 2007

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Quem sorri!?


Quem sorri!?
Que tipo de gente pode achar graça e prazer nos tais rodeios?
Pode haver espetáculo mais aberrante?

Cristo... Onde está a beleza disso?
Que tipo de mente se vê feliz em uma situação em que seres humanos(?) se lançam a, violenta e absurdamente, torturar seres reconhecidamente dóceis?

Rodeio é um enorme erro. Trata-se de um invento estúpido saído de alguma mente evidentemente falida e insana e consiste em encerrar em uma espécie de arena, animais mansos, amigos e tenros, para serem submetidos a toda sorte de mal-trato por determinada espécie de homem.

Vejamos...
Um boi é um ser vivo, possui quatro patas e, chega a ser, irritantemente, manso. Em que pese o seu enorme corpo, é meigo. Ele, como eu ou você, chora, sorri, gosta de carinho, sente sono, cansaço, namora, brinca e têm parentes.
O boi é possuidor de uma mansidão tal que uma única criança de oito anos é capaz de tanger um rebanho inteiro. São, desde tempos pré-históricos, vegetarianos e são bem conhecidos por produzirem arrotos e flatulências.

Pois bem, estas criaturas são, antes de entrarem no inferno da arena, queimadas com iniciais de um alfabeto, talvez saído do inferno. São provocados à exaustão com choques e pancadas, para que possam, por fim, se tornarem "demônios raivosos", o que definitivamente, não são.
Amarrados violentamente, são jogados em gaiolas sob rodas, onde seguiram, sob sol, chuva e vento, por milhares de quilômetros.
Passam fome, sede e se cansam.
Lá chegando são, de novo, provocados para o "grande momento". Em cena, evitam quaisquer tipos de correrias ou confrontos, por isso sempre os vemos encostados nas cercas.
Ficam quietos, tristes e solitários, olham ao redor, querem apenas um pouco de paz. Mesmo "preparados" para o confronto, nada querem com o bicho-homem. Qual nada! Do outro lado, a patuléia urra insana por espetáculo.
O peão, pobre peão, um infeliz mal-pago por uma coisa humana chamada latifundiário, dá um rasante violento sobre o dorso do animal, fincando-lhe duras esporas nas virilhas.

Dor, dor, muita dor...

Como reação, é claro, o animal tenta se livrar daquele que o tortura, por isso os balanços, os pulos, os solavancos. Mas o povo quer mais! Vibra, grita, sorri e um outro miserável ao microfone grita: Seguraaaaa peão!
Como a crueldade humana não tem limites, tem-se, ainda, um relógio que conta o tempo da dor do animal. É assim: Quanto mais dor o peão conferir ao animal, mais pontinhos terá.

Não é lindo!???

Que beleza há nisso? Me digam... Que beleza pode existir em tal COISA?

O rodeio é, antes, uma negação da razão humana. É um demérito ao pensamento e as melhores criatividades do homem. É feio, mal, aviltante e desumanizador.

Curioso é o fato de rinhas de galo serem crimes e os malditos rodeios, não! Não consigo entender!?

Eu odeio rodeios e odeio mais os que o promovem. Suas caminhonetes, seus latifúndios, suas cercas e suas monoculturas feitas a partir de fundos públicos. Sua cultura plástica e descartável, seus diálogos hierarquizantes e monotemáticos.Seu ridículo requinte faz agonizar a paciência do mais santo dos homens. Definitivamente, vomito em seus deuses (o capital e a exploração).
Odeio seus "cantores sertanejos" que entoam suas miseráveis lamúrias de morte, buscando associar a fecunda e misteriosa vida animal advinda do campo com pseudo e fugidias sentimentalidades do tempo presente. Odeio!

De novo, odeio os que promovem estes encontros de morte.
Detesto também os que lá se fazem presentes. São feios, mal-educados, falam mal e jamais leram um único livro na vida. Destroem a vasta e poética língua de Camões, desconhecem direitos humanos e direito dos animais lhes é algo inimaginável. Possuem sotaques carregados, grosseiros e bairristas. Vestem-se mal, são espalhafatosos e cronicamente desinteressantes. São, em geral, extremamente reacionários, preconceituosos, machistas, atrasados e homofóbicos. Representam, por fim, o que existe de pior na, já atrasada, sociedade brasileira.

Finalmente e, lamentável, toda esta gente, representa como classe, a mesma simbologia ética e moral que, um dia, alimentou e deu vida para um monstro saído da mais fétida e abissal lama, e que se chama... nazismo.

Eu odeio rodeios.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Ser Gobernado Significa...

SER OBSERVADO, INSPECCIONADO, ESPIADO, DIRIGIDO, LEGISLADO, REGULADO, INSCRITO, ADOCTRINADO, SERMONEADO, CONTROLADO, MEDIDO, SOPESADO, CENSURADO E INSTRUIDO POR HOMBRES QUE NO TIENEN EL DERECHO, LOS CONOCIMIENTOS, NI LA VIRTUD NECESARIOS PARA ELLO. SER GOBERNADO SIGNIFICA, CON MOTIVO DE CADA OPERACIÓN, TRANSACCIÓN O MOVIMIENTO, SER ANOTADO, REGISTRADO, CONTROLADO, GRAVADO, SELLADO, MEDIDO, EVALUADO, SOPESADO, APUNTADO, PATENTADO, AUTORIZADO, LICENCIADO, APROBADO, AUMENTADO, OBSTACULIZADO, REFORMADO, REPRENDIDO Y DETENIDO.
ES, CON EL PRETEXTO DEL INTERÉS GENERAL, SER ABRUMADO, DISCIPLINADO, PUESTO EN RESCATE, EXPLOTADO, MONOPOLIZADO, EXTORSIONADO, OPRIMIDO, FALSEADO Y DESVALIJADO, PARA SER LUEGO, AL MENOR MOVIMIENTO DE RESISTENCIA, A LA MENOR PALABRA DE PROTESTA: REPRIMIDO, MULTADO, OBJETO DE ABUSOS, HOSTIGADO, SEGUIDO, INTIMIDADO A VOCES, GOLPEADO, DESARMADO, ESTRANGULADO POR EL GARROTE, ENCARCELADO, FUSILADO, JUZGADO, CONDENADO, DEPORTADO, FLAGELADO, VENDIDO, TRAICIONADO Y POR ULTIMO, SOMETIDO A ESCARNIO, RIDICULIZADO, INSULTADO Y DESHONRADO.
ESTE ES EL GOBIERNO, ESTA LA JUSTICIA, ESTA ES LA MORALIDAD!!!

Pierre Joseph Proudhon

Los ilegales!

El verdadero revolucionario es un ilegal por excelencia.

El hombre que ajusta sus actos a la ley podrá ser, a lo sumo, un buen animal domesticado; pero no un revolucionario.

La ley conserva, la revolución renueva. por lo mismo, si hay que renovar hay que comenzar por romper la ley.

Pretender que la revolución sea hecha dentro de la ley, es una locura, es un contrasentido. La ley es yugo, y el que quiera librarse del yugo tiene que quebrarlo.
El que predica a los trabajadores que dentro de la ley puede obtenerse la emancipación del proletariado, es un embaucador, porque la ley ordena que no arranquemos de las manos del rico la riqueza que nos ha robado, y la expropiación de la riqueza para beneficio de todos es la condición sin la cual no puede conquistarse la emancipación humana.

La ley es un freno, y con frenos no se puede llegar a la libertad.

La ley castra, y los castrados no pueden aspirar a ser hombres.

Las libertades conquistadas por la especie humana son la obra de los ilegales. tenemos que salirnos del camino trillado de los convencionalismo y abrir nuevas vías.

Rebeldía y legalidad son términos que andan a la greña.

Queden, pues, la ley y el orden para los conservadores y los farsantes.


Ricardo Flores Magón
Regeneración, 1910

Vergonha brasileira!


O bom senso adverte...

Lattuf for world!




Arte para o mundo!





Fashion!

Divagações...

"Não é triste mudar de idéias; triste é não ter idéias para mudar. "

Barão de Itararé

Em tempo...

Neste fim de semana, de novo, assisti ao magistral filme do excelente documentarista Michael Moore. Com olhar arguto, precisão em seus focos e muita coragem, Moore denuncia os rumos imperiais e belicistas da administração Bush.
Não deixem de ver Fahrenheit 9/11.

À propósito, visitem o blog de Michael Moore: http://www.consciencia.net/opiniao/michael-moore.html

100% Rebeldia - Coisas do "Cansei"!

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

O CANSEI das elites brasileiras

Decerto que ainda temos muitos problemas para resolver,
principalmente uma gigantesca dívida social a ser "paga",
mas esses indivíduos que agora se dizem "cansados" e
"indignados" não são exatamente as pessoas
mais apropriadas para reclamar – afinal,
elas nunca estiveram do lado das
lutas dos trabalhadores e são, quando não responsáveis,
cúmplices históricos desse estado de coisas que aí está.

Cá para nós: é muita cara-de-pau, isso sim!
Portanto, não se pode perder o foco ou o "esquadro" da questão.
Quem se diz "cansado" e "indignado" é aquela
pequena burguesia e/ou a classe média arrivista e rastaqüera
de sempre.
Aquela gente, felizmente uma minoria desprezível
(desprezível em todos os sentidos), que há séculos
vem pilhando esse país – na verdade,
os herdeiros da mentalidade perniciosa da monarquia e do
escravismo.
Gente desprovida do espírito republicano. O
s mesmos que desde sempre molham a mão
de servidores públicos para obter vantagens nos seus
pequenos negócios, sonegam impostos,
tomam dinheiro emprestado nos bancos
oficiais e não pagam nunca, "socializando"
assim os prejuízos causados por seus
negócios ruinosos e porcamente planejados – e agora têm a
desfaçatez de reclamar da carga tributária e da corrupção!

São indivíduos que recebem mensalmente
rendimentos milionários, na casa
das centenas de milhares de reais,
e estão se lixando para o salário
mínimo e miserável dos trabalhadores.
São da "turma da bufunfa" – como
diz meu colega Paulo Nogueira Batista Jr.
É gente, verdade seja dita, da pior espécie.
A despeito dessa gente desprezível, seguimos impolutos,
sem direito a frivolidade e ao "cansaço",
mas com a legítima e necessária indignação,
nessa luta diária pela transformação desse país tão
desigual numa grande nação, muito mais justa e igualitária.
Muito mais justa e igualitária."

Lula Miranda é economista, cronista e secretário de Formação e
Cidadania do Seel (Sindicato dos Trabalhadores em Editoras
de Livros de São
Paulo)

Criminalização do Movimento Estudantil da USP

Democracy and Freedom - By Bush

Redução da Maioridade Penal no Brasil

By Lattuf

Hijos del Pueblo

sábado, 18 de agosto de 2007

Eu, etiqueta


Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, permência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.

Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer principalmente.)
E nisto me comparo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.

Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo dos outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.

Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente...

Carlos Drummond de Andrade

Entre um apagão e outro...

Amigos e amigas que, esperançosos, visitam este blog, não sei ao certo, mas disse-me minha amiga Nádia Stabile, que houve uma espécie de "apagão" na net. Eu, simplesmente, não conseguia postar nada. Tentava, tentava e mais uma vez tentava, mas... Nada!
De qualquer forma, desculpem-me pelo anacronismos das postagens.
Prometo que vou, sempre que puder, renovando postagens, buscando sinais, nas artes, na religião, nas formas de sociabilidade, nos processos e nos novos processos de produção que indiquem ou mostrem elementos que fazem ou potencializam uma certa autogestão, bem ao modo brasileiro.

Saudações autogestionárias para todos!
Ângelo Cavalcante