domingo, 3 de junho de 2007

Blackout

Tomara, oxalá e quem sabe...

Que a máquina quebre!
Que as engrenagens não rodem
Que as correias se soltem
E que o fluído se seque
Que por um dia que seja
Um só...
O gerente-geral não encontre sua planilha
O superintendente esqueça suas senhas
O Coordenador de área esqueça suas chaves
E que o presidente - Este homem mistérioso - fique gripado.

Tomara...
Que ocorram curtos-circuitos
Tantos e em tal profusão
Que os paineis e sinais, sonoros e visuais, indiquem,
frenéticos e histéricos, a um só tempo:
"Problema nos setores A,B e C, nas máquinas A, B e C
E nas redes gerais e específicas A, B e C".
Que a temperatura se eleve!
Se eleve muito e para um nível tal
Que o encarregado, sem opção, tenha que gritar...
"Desliguem as caldeiras, tirem as tomadas e interrompam a energia!"
E que, por fim, o superintendente-geral
Do alto de sua sala, grite...
"Parem a fábrica!
Desliguem TUDO!"
Tomara...
Eis a nossa hora, eis o nosso sinal.
A fábrica quebrou!
É chegada a hora!
Tomara...
ângelo cavalcante


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