
De novo, estamos, queiramos ou não, às voltas com eleições municipais. Particularmente, não gosto do instante, não me sinto envolvido, não vejo qualquer brilho ou convite. Pelo nível dos argumentos, das propostas e das intervenções, digo sem qualquer medo de errar que é a própria esterilidade de um tempo político.
Neste pedaço de cerrado chamado Goiânia a coisa é um pouco mais dramática.
A vitória do "denossauro" Iris Rezende é iminente. Fruto, também, e é claro, da excepcional contribuição do Partido dos Trabalhadores (ou pelo menos do que restou dele!). Fico me perguntado como um partido como o PT, se perverte de tal forma.
Não, não é só porque se ajoelha de forma tão servil aos projetos do coronelato e do neo-coronelato de Goiás o que se escancara na espúria "aliança" com o stablishment da direita goiana.
Apressado e com a ligeireza dos desesperados, o PT lembra um náufrago e que se agarra a sua tábua. Ocorre que, mal sabe o PT, mas a tábua é oca e bem oca.
Outro problema, não mais para o PT, é a HISTÓRIA.
A "maldita" HISTÓRIA.
O diabo é querer negar a própria história feita a ferro e fogo sobre lombo escravo, indígena e popular. É querer negar séculos de dominação. A destruição do cerrado e do seu muito fecundo bioma pelos empreendimentos pastoris ou da mineração. A dizimação, ainda em curso, de centenas de comunidades indígenas. A submissão dos movimentos sociais e populares de construção de novo cariz ecológico e ambiental.
Como é possível? Como se faz isso? Simples... Basta ser do PT!
Bom... Outra dica importante é que fascistas e imbecis são muito bons nesse tipo de maquinação.
O PT? O PT-Goiânia inaugura um novo "ser político". Na verdade não sei bem categorizar que "bicho" é esse. Talvez uma mistura de fascismo de paróquia com a imbecilidade dos apressados que não conseguem pensar um "fazer político" diferenciado e que, portanto, se lançam cegos e sedentos nas alcovas do poder. Some-se a isso o oportunismo advindo dos fracassados da história e que, simplesmente, se cansaram de sonhar uma sociedade de iguais. Eis a mistura e que a ciência política atual ainda não conseguiu diagnosticar.
Sinceramente... Eu diria que estamos fritos!
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